Troca do Hidrômetro

Mais preciso, equipamento passa a medir consumo que era ignorado.
Unidades de verificação móveis testam o medidor na frente do cliente.

Muitos consumidores paulistanos têm reclamado que, após a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) fazer a troca do hidrômetro – mecanismo utilizado para medir o consumo de água – a conta ficou mais alta.

O novo equipamento pode, sim, elevar o valor da conta. Mas a Sabesp explica que os novos equipamentos apenas corrigem falhas dos hidrômetros antigos, que por desgaste ou falha estavam aferindo um consumo menor do que o real.

G1 acompanhou uma visita de uma unidade móvel da Sabesp, destacada para testar os novos hidrômetros, para mostrar como funciona o novo equipamento.

O hidrômetro atualmente utilizado em residências é o chamado “velocimétrico por turbina”. Seu funcionamento é relativamente simples: a água passa por uma turbina que faz girar o mecanismo do relógio, responsável pelo registro da água consumida.

Por que pode ocorrer o aumento da conta d´água após a substituição do medidor?
Por funcionar com peças móveis, o hidrômetro se desgasta com o tempo. As peças perdem o desempenho no registro e acabam marcando menos do que o consumido. Essa diferença pode chegar, em casos extremos, a aferir 80% abaixo da quantidade real consumida de água. A porcentagem fica fora da margem de erro especificada pelo Inmetro, que é de mais ou menos 10%, afirma o gerente da divisão de medidores da Sabesp, Paulo Padilha.

Troca do Hidrômetro.

Corte mostra interior de hidrômetro, utilizado para
medir consumo d’água

Com a substituição, o novo hidrômetro passa a marcar com mais precisão, o que pode dar um susto no consumidor na hora em que chega conta. Na verdade, não é o novo que marca acima do consumido, é o velho que marcava abaixo.

Testes em bancada móvel
Quando o consumidor exaure todos os testes possíveis dentro de sua residência e ainda desconfia que o hidrômetro possa estar apresentando erro em sua leitura, a Sabesp pode enviar uma unidade de verificação móvel para o local.

Os equipamentos utilizados no teste, que geralmente ficam em bancadas, foram adaptados para caberem em um carro comum. Assim, o hidrômetro do consumidor não precisa ser levado para uma unidade da Sabesp para ser testado. Com esse teste móvel, é possível aferir na hora, e na presença do consumidor, se o medidor está ou não com problemas.

Troca do Hidrômetro.

Posto de ensaio adaptado a uma unidade de verificação móvel da Sabesp. Em menos de uma hora o consumidor tem um laudo da aferição do medidor.

 

Eliminadores de ar
Os chamados eliminadores ou bloqueadores de ar, equipamentos que supostamente eliminariam o ar que entra na tubulação são “ilegais e trazem risco de contaminação”, informa a Sabesp em seu site.

O Inmetro ainda diz, em sua portaria número 246 de 17 de outubro de 2000, no item 9.4, que “qualquer dispositivo adicional, projetado para ser instalado adjunto ao hidrômetro, deve ser submetido à apreciação por parte do Inmetro, com vistas a verificar se o mesmo influencia o desempenho metrológico do medidor.”

Portanto, a instalação desses dispositivos não é recomendada e está sujeita à remoção caso os mesmos sejam encontrados pela companhia de abastecimento.