Aumento foi anunciado pela Sabesp em abril e aprovado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), órgão do governo paulista.
O reajuste de 6,4% na conta de água em São Paulo começa a valer a partir desta sexta-feira (10).
O aumento foi anunciado pela Sabesp em abril, e aprovado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp).
A medida foi autorizada com a divulgação de uma nota técnica da Sabesp. As tabelas tarifárias foram publicadas no Diário Oficial do Estado de São Paulo.
“A Sabesp informa que a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) autorizou reajuste de 6,4469% a partir de 10 de maio. Maio é o mês de data-base para os reajustes da Empresa, autorizados todos os anos sempre neste mês pela Arsesp. O aumento abrange todos os municípios operados pela Sabesp e sua autorização foi publicada pela Agência em seu site.”
Privatização
A elevação da tarifa ocorre em meio ao processo de privatização da companhia.
O Projeto de Lei que propôs a privatização da empresa pública foi aprovado pelos deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo em dezembro de 2023 e sancionado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) no mesmo mês.
Mas o projeto também precisava passar pela Câmara dos Vereadores de São Paulo, maior cidade atendida pela companhia.
O PL foi aprovado no dia 2 de maio, em segunda e polêmica votação.
A votação chegou a ser anulada pela Justiça, que considerou o processo feito de forma irregular e sem ampla participação popular.
Na decisão, a juíza considerou que o presidente da Casa, o vereador Milton Leite (União Brasil), pautou a votação desrespeitando uma determinação judicial.
Dias depois, porém, a Câmara recorreu e conseguiu derrubar a liminar.
A Sabesp
Atualmente, metade das ações da empresa está sob controle privado, sendo que parte é negociada na bolsa de valores B3 e parte na Bolsa de Valores de Nova York, nos Estados Unidos.
O governo de São Paulo é o acionista majoritário, com 50,3% do controle da empresa. O projeto, já aprovado na Alesp, prevê a venda da maior parte dessas ações, com o governo mantendo poder de veto em algumas decisões.
Em 2022, a empresa registrou lucro de R$ 3,1 bilhões. Desse montante, 25% foram revertidos como dividendos aos acionistas, R$ 741,3 milhões e R$ 5,4 bilhões, destinados a investimentos.
Atendendo, 375 municípios com 28 milhões de clientes, o valor de mercado da empresa chegou, em 2022, a R$ 39,1 bilhões.